Quem
nunca sofreu de lombalgia (dores nas costas) que atire a primeira pedra. Ela
está actualmente entre as queixas mais comuns nos consultórios médicos, clínicas de fisioterapia e osteopáticas e não é à toa. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 80% dos adultos
sofrerão pelo menos uma crise aguda de dor nas costas durante a vida, sendo
que 90% dessas pessoas apresentarão mais do que um
episódio.
O
problema é que a lombalgia aparece, geralmente, entre os 20 e 50 anos de idade,
justamente o período produtivo da pessoa no mercado de
trabalho. A lombalgia pode ser devida a inúmeras causas mas
sendo na sua grande maioria e basicamente têm origem mecânica que se devem a
distúrbios da musculatura e da coluna vertebral porém há que estar atentos a outras possibilidades raras como infecções, tumores, inflamações, etc. Quando ocorre no jovem em geral
deve-se a problemas relacionados a posturas inadequadas, quedas, acidentes,
obesidade e também a problemas congénitos (escolioses). Na velhice a artrose (o
processo de envelhecimento ósseo) e a osteoporose (processo de
enfraquecimento ósseo) são as principais
causas. A mulher na menopausa com vida sedentária apresenta
tendência à osteoporose o que favorece o aparecimento de dores lombares.
No
adulto jovem, a postura inadequada é causa frequente de lombalgia e está relacionada à maneira de se sentar, de se deitar, de carregar pesos,
etc. O hábito de dormir em colchão de molas ou a
prática de actividade física excessiva e incorrecta, por ex.,
levam a dores lombares de difícil tratamento.
Normalmente
a dor lombar manifesta-se via neurológica, ou seja,
está associa a uma dor irradiada para a coxa e/ou para a perna e isso
acontece quando existe compressão radicular. Nesta situação o nervo é comprimido pela alteração da mobilidade
vertebral ou por existência de hérnia discal que está relacionada a traumatismos que ocorrem durante a vida. Os tumores da
coluna também se poderão manifestar com dores deste tipo.
O
tratamento convencional da lombalgia pode envolver medicamentos analgésicos,
relaxantes musculares e anti-inflamatórios, porém
quando a lombalgia está unicamente associada a uma disfunção somática por alteração da mobilidade
vertebral envolvendo um bloqueio articular ou alteração da estrutura muscular, ligamentar ou tendinosa envolvente, o mais
indicado será o restabelecimento da capacidade funcional máxima do corpo em disfunção através do uso
da Osteopatia como terapia manual associada à correcção de posturas inadequadas e é responsável pelos
melhores resultados terapêuticos, pois atinge as causas da dor. Empregam-se
diversas técnicas, ajustamentos ósteo-articulares,
manipulações de tecidos moles e da coluna vertebral, correcção de posturas, massagens, etc., com o objectivo de reestruturar o
corpo para que ele se movimente correctamente e em perfeita harmonia. O uso dos
medicamentos assim como do calor e de ondas curtas são tratamentos sintomáticos que não visam abordar a
origem da doença.
É cada vez mais importante pensar em prevenir problemas lombares,
abandonando o hábito de só prestar atenção á coluna quando se sente dor. Em todo o mundo, cerca
de 70% das pessoas com mais de 40 anos apresenta algum problema de coluna, e
esse número sobe para 80% a 90% na população acima de 50
anos.
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